Quais as implicações de o terapeuta oferecer-se como pessoa?


Implica que o terapeuta tenha que se confrontar com as suas questões pessoais que não quer encarar, e que lhe vão sendo trazidas pelo cliente. Há um confronto constante com as suas fragilidades, não lhe sendo possível a evitação. O instrumento terapêutico passa a ser o Self do terapeuta, utilizando-se a expressão “ O curador ferido” de Hyckner.

O primeiro objectivo é a construção da “relação de confiança” com o cliente, sendo para tal necessário “confirmá-lo” e “aceitá-lo” na sua realidade existencial. O que o cliente necessita é de restaurar as feridas do desamor.

É numa relação de confiança que o individuo se revela, ou seja tem a possibilidade de exprimir livremente sentimentos e emoções, vivenciar a aceitação e confirmação por parte do outro, despertando a esperança adormecida, abrindo as portas da criatividade e, recriando a vida.

Martin Buber, 1923 “ Toda a vida é Encontro. Eu só existo na medida que digo Tu ao Outro aceitando a sua alteridade, com a totalidade do meu ser, e por ele sou aceite.”

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